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" Trabalhando para cuidar mais e melhor das pessoas com doença falciforme em todo o mundo "




O 2 º Congresso Mundial está sendo organizado em parceria com o Governo do Brasil, e incluirá reuniões científicas da Rede Global de Doença Falciforme (GSCDN) e a Iniciativa Mundial em Estudos Sociais das Hemoglobinopatias (WiSSH).

O Congresso reunirá, no Rio de Janeiro, pesquisadores e cientistas sociais, autoridades em saúde pública, sociedade civil, pessoas com doença falciforme para troca de experiências e aprimoramento, tendo como foco, encontrar soluções para os diversos problemas ocasionados pela doença falciforme.

Em julho de 2010, em Accra - Gana foi realizada a 1ª edição do Congresso Mundial de Doença Falciforme. Este Congresso contou com a participação de membros da Organização Mundial da Saúde (OMS), instituições internacionais de financiamento, agências de fomento, indústria farmacêutica e da comunidade mundial de cuidados de saúde, discutindo os cuidados primários de pessoas com doença falciforme através da promoção e utilização de tecnologias simples e acessíveis.

Através do Congresso Mundial foi reforçado junto aos governos e parceiros a necessidade de ampliação do acesso aos cuidados de saúde, a fim de alcançar um maior número de pessoas com doença falciforme. O 1º Congresso Mundial de Doença Falciforme proporcionou ainda a formação da Federação Mundial de Doença Falciforme. Através da criação dessa federação poderão ser desenvolvidos programas de apoio visando reduzir a mortalidade e melhorar a saúde das pessoas com doença falciforme em todo o mundo.

Nos anos que se seguiram ao primeiro Congresso Mundial foi verificado um grande progresso na redução da mortalidade em crianças com doença falciforme. As estimativas de sobrevivência de pacientes com até 20 anos de idade são de mais de 90% em países de alta renda.

Entretanto, 75% das crianças nascidas com doença falciforme no mundo são da África Subsaariana, com estimativa de mortalidade de 50-90 % (Grosse, et al Am J Med Anterior 2011; 41 ( 6S4 ) : . S398 - S405). Esta alta taxa de mortalidade impede que os países da África Subsariana alcance o objetivo de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas (ODM) número 4: reduzir a taxa de mortalidade de menores de cinco anos em dois terços, até 2015. Não obstante, progressos foram alcançados, como o aumento do número de países que começaram a implementar programas de triagem neonatal, incluindo a África, o Caribe e distritos na Índia.

Além de reduzir a mortalidade, o aumento do uso de terapia de transfusão crônica e a terapia de hidroxiuréia colaboraram na redução da mortalidade de pessoas com doença falciforme. Porém, essas terapias, muitas vezes, estão indisponíveis onde a necessidade é maior.

A comunidade mundial de saúde deve ficar atenta sobre qual a melhor forma de garantir que as pessoas com doença falciforme tenham oportunidades adequadas de saúde, além de educação e emprego. O aumento de investimento no desenvolvimento de programas de pesquisa em ciências sociais é fundamental para o alcance desse objetivo.

Isaac Odame



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